Imagem de satélite da Serra da Cangalha |
Segundo Alfredo Morais da Cruz, esse “código” de conduta vem passando de geração em geração a mais de 100 anos. É fácil perceber a efetividade dessa herança quando caminhamos pelas proximidades da Serra da Cangalha. O lugar do impacto está praticamente intacto. Em parte pela extrema dificuldade de explorar o local, mas também pela imponência impressionante da serra frente a qualquer outro evento natural ou humano em um raio de no mínimo 100 km.
Preservar eventos como esse é fundamental, tanto do ponto de vista geológico quanto histórico. Mas quem melhor para fazer isso do que pessoas como o Sr. Alfredo? Retirar os moradores do entorno da Serra da Cangalha é deixá-la desprotegida. Isso pode ser facilmente comprovado quando damos uma simples olhada para as outras unidades de conservação do Estado do Tocantins.
Precisamos dar a Cezar ou que é de Cezar! Precisamos deixar nas mãos dessas pessoas, que há anos já vêm fazendo o seu papel, a conservação do astroblema. Não faz sentido desapropriar uma área imensa, ao redor desse evento. O que a Cangalha realmente necessita é que o Estado crie mecanismos para essas pessoas continuarem ali, onde estão, e que possam garantir a sua vida sem a necessidade de agredirem o local.
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